Que mais há a dizer?
Pátios vazios
féretros de anjinhos
tomates rubros de véspera
rumores do aroma de Dulcinéa
pedras portuguesas do cais;
ilhas de Neruda
cores de Miró
narcisos amando outros
o rio capibaribe sem pontes
a ponte de ferro sem rio
o inexistir
A úbere fêmea
a ubiquidade de Tánatos
o terceiro reich, a panacéia
a higiene dos octogenários
a literatura pobre da ex-literatura
a poesia enjoativa decassílaba;
a crema a crisma o creme chantilly
a alfazema Hugo Boss, a América
o toque de recolher, todos os tiranos
a meta: física, linguagem, etc.
a palavra CONCRETA, a reta
Que mais há a dizer num poema?
-- Eu prefiro abrir a janela
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
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parabéns pelo poema!é emocionante...quer vender o poema?
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